Caminhos da antiga FIRENZE


Antes de mergulhamos de vez nas ruas da Firenze renascentista, algumas informações preciosas sobre a morfologia urbana, os costumes e o cotidiano podem nos ajudar a entender melhor como seria um encontro com Dante e Beatrice, Lorenzo e Giuliano,  as musas do renascimento ou os gênios Leonardo, Michelangelo, botticelli e as primorosas botteghe.

Começaremos nossa viagem a partir da fundação da cidade. Firenze foi oficialmente fundadas pelos romanos e manteve seu desenho e ordenamento civil com poucas alterações,  o que lhe deu seu aspecto peculiar. Embora tenha se modernizado no renascimento como muitas de suas cidades rivais, boa parte do traçado de suas ruas e do Centro, bem como,  a divisão dos quartiere, continuam as mesmas. 

As cidades romanas tinham um traçado quadrangular ou retangular e seu perímetro era cortado por linhas perpendiculares que se cruzavam num ponto central, local onde era construída a grande praça que dava lugar aos templos principais de Júpiter, Juno e Marte. 

No caso de Firenze, este ponto era onde hoje está a Piazza della Reppublica. Ali também se concentravam as atividades de comércio, o que daria origem na baixa idade média ao Mercato Vecchio. 

Desta área central, a cidade se dividia em 04 partes, ou quartiere que a partir da Idade Média passaram a ser "coordenados" por uma grande família que habitava ali e, via de regra, eram rivais entre si. Os 04 quartiere que ainda marcam a rivalidade do "Calcio Storico " - evento que acontece anualmente em Firenze tal como há mais de meio milênio - são: Santo Spirito, Santa Maria Novella, San Giovanni e Santa Croce. 

Cada um dos 04 quartiere era subdivido em 04, formando os gonfalone, que também tinham denominações específicas, assim como,  líderes que representavam as necessidades e anseios do povo nas plenárias que aconteciam no Palazzo della Signoria, sede do poder administrativo de Firenze.

Os mapas abaixo mostram a evolução da área central e suas alterações mais significativas da fundação romana ao século XVIII.  











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