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A HISTÓRIA DO NASCIMENTO DE CRISTO CONTADO EM 10 OBRAS RENASCENTISTAS

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O homem sempre teve necessidade de contar as histórias que viveu, presenciou, imaginou ou ouviu, como forma de entretenimento, congregação entre os seus e alerta ou ensinamento às novas gerações.  As primeiras formas de registro dessas histórias foram pictóricas, registros do cotidiano feitos em cavernas. Os círculos de histórias orais, em volta da fogueira que aquecia e preparava o alimento também foi um artifício importante para o desenvolvimento da arte, da cultura e da memória.  No período do Renascimento, do século XIV ao XVII, a sociedade humana refinou essas duas técnicas (pictórica e oral/escrita) para contar as histórias relevantes e atemporais.  O desenvolvimento da pintura e da literatura deram vazão à criatividade humana de forma inaudita, o que permitiu o uso de recursos simbólicos como animais, traços arquitetônicos e até a cor e formato das vestimentas para construir a narrativa necessária. O estudo detalhado dos gestos e expressões faciais era uma necessidade para que a

A moda na Itália Renascentista - parte I

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Itália e a Moda no Renascimento - parte I Durante os séculos XIII e XIV, a moda francesa teve uma grande influência na Itália, e o próprio Dante se queixou das "atrevidas mulheres florentinas" que não hesitaram em passear pelas ruas da cidade mostrando "com seios vergonhasamente expostos, decotes ousados e impróprios". E era uma febre da moda na França, algo como um traço próprio do estilo francês que usava e abusava das cores devido à uma cientista provençal, Mabilla di Retz, que floresceu no final do século XII; Os vestidos bicolores e decotados, possuíam aquelas saias longas que escondiam os pés e muitas vezes atolavam na caminhada rápida pelas ruas de calçamento irregular ou muitas vezes, n~so mais que terra batida ligeiramente coberta de serragem, folhagem seca, feno... Essas saias que estavam em voga durante o século XIII, transcenderam a corte francesa e ganharam o gosto das damas mais refinadas da Itália, e como muitos e seus ma

A antiga divisão administrativa em Firenze- Parte IV Quarteirão de Santa Maria Novella

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1. Gonfalone do leão branco. - Da Via Calimala, seguindo uma linha irregular limitada por ruas estreitas, foi para a Via Tornabuoni, virou para a Via della Spada e Via del Sole para chegar ao lado norte da Via della Scala e virando para trás o convento de S. Maria Novella, incluindo as casas de três lados da Praça Velha e depois entrando na Via de 'Cenni, agora do Panzani. Depois, virou-se para um pequeno trecho da Via del Giglio, entrou no Croce al Trebbio e abriu na Piazza degli Antinori. Junto à Igreja de S. Gaetano, alcançou com outra linha irregular a Piazza di Mercato Vecchio, agora Piazza della Repubblica, para seguir para Calimala.  Incluiu parte de muitas paróquias: S. Andrea, S. Miniato de Torri, S. Maria degli Ughi, S. Donato dei Vecchietti, San Paolo, S. Maria Novella, S. Michele Berteldi (hoje S. Gaetano), S. Pier Buonconsiglio e S. Maria em Campidoglio. 2. Gonfalone de leão vermelho. - Da Via de 'Sassetti para outras ruelas desaparecidas, incluindo o Palazz

A antiga divisão administrativa em Firenze - Parte III Quarteirão di Santa Croce

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QUARTIERE DI SANTA CROCE 1. Gonfalone do carro. - Da Ponte Vecchio, ao longo do lado leste da Via Por S. Maria, alcançou a praça do Mercato Nuovo e, para Calimala, virou para o lado de Orsammichele, continuando então na Via de 'Cimatori até o canto da Via de' Cerchi. Nessa estrada, ele entrou na Via della Condotta, passando ao lado do Palazzo Uguccioni, entrou na Piazza della Signoria e seguiu a linha da Via de 'Gondi e continuou pelo Borgo de' Greci até a estrada que agora é chamada Via del Parlascio; depois atravessando as casas e a rua, hoje de 'Neri, seguiu a linha da Via d'Altafronte até o Arno para retornar à Ponte Vecchio. Incluía parte das paróquias de S. Stefano al Ponte, S. Cecília, Orsammichele, S. Romolo, S. Firenze e S. Piero Scheraggio. 2. Gonfalone Leão Negro - Da Piazza d'Altafronte, hoje Piazza dei Giudici, subiu o Arno até as muralhas e depois desceu pela Via delle Torricelle e Corso de 'Tintori até o convento de Santa Croce. Segu

A antiga divisão administrativa de Firenze - Parte II quarteirão de Santo Spirito

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QUARTIERE DI SANTO SPIRITO 1. Gonfalone Escada. - Nas proximidades do Arno, das muralhas da cidade entre a Porta S. Niccolò e a Porta S. Giorgio, de onde desceu a S. Felicita para o Poggio de 'Magnoli e para o pequeno trecho da Via de' Guicciardini, chegou ao Ponte Vecchio. Inclui as paróquias de S. Niccolò, Santa Lúcia de 'Magnoli, S. Maria Soprarno (suprimida) San Giorgio e parte da de Santa Felicita. 2. Gonfalone Nicchio. - De Ponte Vecchio a Ponte S. Trinità, foi confinado pelo Arno: da Piazza dei Frescobaldi entrou na Via del Presto di S. Martino, então parte de Borgo Tegolato, chegando aoaté a Via de 'Michelozzi. Atravessando a Via Maggio e o Sdrucciolo de 'Pitti, passou por trás do Palácio Pitti e, subindo a colina, alcançou a Porta San Giorgio. Incluía as paróquias de S. Iacopo Soprarno (suprimidas) e parte das de S. Felicità e S. Frediano. 3. Gonfalone de chicote. - Da colina de Boboli, foi para a Porta Romana, incluiu o lado leste da Via de 'S

A antiga divisão de Firenze - Parte I

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Todas as cidades antigas foram distribuídas, tanto para efeitos administrativos quanto militares, em distritos ou bairros, ou em terceiros e em muitas subdivisões menores. Essas divisões menores, para não deixar os exemplos da Toscana, foram chamadas de Contrade em Siena, Montepulciano e outros lugares, capelas em Pisa, em Prato, tiveram o nome de Porte, em Florença, em vez de Gonfaloni. Após a construção do segundo círculo das muralhas, Florença, em sua parte interna, foi dividida em quartos que receberam o nome dos quatro portões principais: Porta del Vescovo ou Duomo, Porta S. Maria, Porta S. Piero e Porta S. Pancrazio ou Brancazio. Ampliada a cidade, em 1078 foi feita a divisão em sestieri com os seguintes nomes: Oltrarno, S. Piero Scheraggio, Bórgo, S. Pancrazio, Duomo, S. Piero. Esses distritos foram então divididos no total em 20 gonfaloni. O governo da cidade foi completamente reformado, após a expulsão do duque de Atenas, em 1343, voltou à divisão em quartos e cada distrito f

CLARICE ORSINI: ENTRE O PAPEL DE ESPOSA E MÃE

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Clarice Orsini a nobre dama romana escolhida pela mãe de Lorenzo para ser sua digníssima esposa, nunca encontrou em Firenze um lar.  Apesar do seu suntuoso casamento que teve 3 dias de festas e incluiu cortejos com carros alegóricos pelo centro da cidade, distribuiu um banquete fabuloso para qual foram abatidos 150 vitelos e 3 mil porcos, em seu funeral,  quase ninguém a pranteou.  Os casamentos arranjados como alianças políticas e econômicas,  seguramente,  não eram o melhor caminho para a felicidade,  o papel da mulher naquela época,  tampouco era buscar um matrimônio feliz, contudo, quando Clarice chegou à Firenze para casar-se com Lorenzo, tudo o que sabia a seu respeito era o pouco que sua lhe havia dito.  Os fiorentinos são,  naturalmente,  um povo fechado, arredio, desconfiado e, exageradamente até,  teatrais. Àquela época,  os jogos teatrais da alta sociedade representavam questões cruciais para a política,  economia e, até mesmo, para a sobrevivência perante as intrigas, mas C