Os Medici: Os Senhores do Renascimento

A primeira travessia no Arno deveria ter sido um pouco mais a montante do que a localização atual da ponte Vecchio de hoje, na continuação do maxi-cardo da atual via Roma-via Calimala, ou na atual piazza del Pesce.  Deve remontar ao período pouco posterior à fundação da cidade, isto é, em meados do século I aC, e, provavelmente, ter uma tendência oblíqua em relação à corrente, para melhor sustentar o impulso das inundações.  Pesquisas realizadas no leito do rio no final dos anos 50 encontraram duas grandes fundações de concreto provavelmente referentes à primeira ponte romana instalada para cruzar o Arno.  Esta passarela teve que ser consolidada e ampliada por volta de 123, quando o imperador Adriano promoveu a construção da Via Cassia Nuova, que atravessou a cidade e provavelmente correspondeu, na margem sul, às ruas de 'Bardi e San Niccolò.  A ponte talvez já tivesse pilares de alvenaria, enquanto a armação tinha que ser, como de costume, feita de madeira.  A primeira ponte roman

Antes de mergulhamos de vez nas ruas da Firenze renascentista, algumas informações preciosas sobre a morfologia urbana, os costumes e o cotidiano podem nos ajudar a entender melhor como seria um encontro com Dante e Beatrice, Lorenzo e Giuliano,  as musas do renascimento ou os gênios Leonardo, Michelangelo, botticelli e as primorosas botteghe. Começaremos nossa viagem a partir da fundação da cidade. Firenze foi oficialmente fundadas pelos romanos e manteve seu desenho e ordenamento civil com poucas alterações,  o que lhe deu seu aspecto peculiar. Embora tenha se modernizado no renascimento como muitas de suas cidades rivais, boa parte do traçado de suas ruas e do Centro, bem como,  a divisão dos quartiere, continuam as mesmas.  As cidades romanas tinham um traçado quadrangular ou retangular e seu perímetro era cortado por linhas perpendiculares que se cruzavam num ponto central, local onde era construída a grande praça que dava lugar aos templos principais de Júpiter, Juno e Marte.  No

Você pode reservar a data no calendário: em novembro, a mais famosa família de Firenze retornará às noites de terça feiras  na Rai 1: I Médici - Il Potere e la Bellezza será o título da 3 temporada.  Nestes dias, várias informações sobre o novo programa do outono Rai foram reveladas, e entre elas também estão as notícias de que a série histórica mais badalada dos últimos anos, agora em sua terceira temporada, retornará às telas de 12 de novembro a 3 de dezembro.  Desta vez serão apenas  quatro noites dedicadas à continuação da saga de Lorenzo, o Magnífico, mas provavelmente,  como na exibição do ano passado,  cada "serata" conterá dois episódios de até 50 minutos que serão exibidos em sequência.  O público verá o retorno de alguns membros do elenco de temporadas anteriores, como dos atores  Daniel Sharman, Bradley James Alessandra Mastronardi e terá algumas novas entradas nesta temporada, como o ator britânico Toby Regbo, intérprete do jovem Alvo Dumbledore nas sagas de Harry

Caterina de 'Medici nasceu em Florença em 1519, no Palazzo da Via Larga (agora Palazzo Medici Riccardi), filha de Lorenzo II de' Medici (Neto do Magnífico Lorenzo), duque de Urbino e de Madeleine de la Tour d'Auvergne, ela perdeu seus pais algumas semanas após o nascimento, permanecendo a única  herdeira da casa Medici.  A mando do tio-avô, o papa Leão X (filho de Lorenzo Magnífico), a "duquesa de Urbino" foi levada para Roma e, com a morte deste, a sua tutela passa para Clemente VII (também Papa e filho de Giuliano de Medici, o irmão mais novo de Lorenzo Magnífico) .  Em 1525, retornou A Firenze, mas devido à agitação política e à praga que assolava a cidade, foi transferida para o mosteiro dos beneditinos de Murate. Este também foi um momento delicado da história dos Medici, quando foram novamente expulsos de Firenze,  acusados de conluio com os franceses para a tomada da cidade. Após a restauração do domínio Medici em Firenze, o papa Clemente VII voltou seu olh

O esqueleto de uma mulher foi encontrado na tarde de segunda-feira, 8 de julho, no Uffizi em Florença, na área de escavação adjacente ao salão de San Pier Scheraggio.  Os ossos remontam, seguendo tudo indica ao final do século XV, portanto em pleno período da Renascença, e está perfeitamente preservado.   A área que hoje abriga a  famosa galeria, era destinada a uma antiga igreja que dava lugar a intenso fluxo de fiéis, principalmente porque fora Muito frequentada por ocasião da peste de 1348.  Escavações arqueológicas tem sido realizadas no local, sob a orientação da Superintendência, por cerca de 20 anos, com o objetivo de ampliar as áreas de exposição. fato que  trouxe à luz uma parte dos porões do antigo edifício religioso que, no passado, também era usado como local de sepultamento e de culto muito popular.  Ao que parece, cruzando dados documentais, até mesmo Dante Alighieri, o Grande Poeta, frequentemente ia rezar  ali.  Os restos mortais, indicados com o código de identificação

A partir do dia 8 de março começou a exposição na Biblioteca Laurenziana intitulada os livros do granduca. As celebrações que contam mais de 50 eventos programados até dezembro ganham vida por toda Firenze e se estende para cidades próximas como Arezzo, Siena e Livorno. O início da exposição "Os livros do Grão-Duque Cosimo I de 'Medici" na Biblioteca Laurentina e o especial "Cosimo e a música", no Auditório da Câmara de Comércio de Florença, como parte do ciclo de lições público "Cosimo divino" promovido pelo The Medici Archive Project, são talvez os dois mais procurados eventos em Florença por ocasião  das celebrações pelos 500 anos do nascimento dos primos Cosimo I e Caterina de 'Medici, promovido pelo Município de Florença, juntamente com outras 22 instituições florentinas.  As comemorações durarão até o final do ano, algumas serão estendidas por uma no completo e abriram o calendário  em 8 de março em homenagem ao nascimento de Caterina de Medi

Dois encontros foram suficientes para despertar um amor que seria tido como modelo de amor romântico e sublime por muitos séculos.  Dante e Beatrice se viram pela primeira vez quando ambos tinham nove anos e, nove anos depois, quando tinha dezoito, um outro encontro furtivo, efêmero e uma troca de olhares fez com que o poeta tivesse absoluta certeza de que ela era sua amada imortal.   Beatrice é o nome pelo qual a amada de Dante Alighieri ficou conhecida, contudo,  a mulher que realmente existiu se chamava Bice, nascido em Florença em 1266, filha de Folco Portinari e esposa de Simone dei Bardi que morreu inesperadamente aos dezenove anos.  O nome adotado por Dante foi, provavelmente, um apelo poético, pois do latim, Beatrice significa Beata que traz bênção.  Dante a amou desde o primeiro momento, encantado com a beleza de seu rosto.  Tudo nela emanava candura e pureza. Ele a amava profundamente seguindo os cânones do amor cortês e sempre manteve intacto o vínculo de amor platônico que