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Mostrando postagens de outubro, 2016

FLORENÇA ANTES DOS MÉDICIS - Parte II - Breve história do Dinheiro

Se a riqueza na Idade Média provinha em grande parte da exploração da terra e todos os impostos eram pagos por meio trabalho relacionado à ela ou com o que nela se produzia, logo se pode deduzir que o dinheiro foi abolido da sociedade feudal e toda a economia se baseava na moeda-natureza, ou seja, escambo, permuta, etc, certo? Errado! Como ressaltado no final do artigo anterior, ainda que muita coisa seja regra para a maioria dos povos em quase toda parte da Europa feudal, sempre será possível encontrar exceções, restrições, adaptações e períodos de transformação lenta que desencadearão, mais adiante, a ruptura do sistema feudal. A moeda como fonte de troca simbólica figurava já no panorama econômico da antiguidade e em Roma seguiu um longo caminho de disseminação pelas fronteiras do Império afora, mas nem sempre foi assim. Como tudo na História da humanidade a moeda sofreu inúmeras modificações e adaptações ao longo do tempo para que pudesse atender da melhor maneira às necess

O Complexo Mediceo

O Complexo Mediceo  é uma grande obra de arte, cultura e história em Florença. Localizada no bairro de São Lourenço, o complexo é composto pela belíssima Basílica de São Lourenço onde estão sepultados Giovanni di Bicci o patriarca da família Medici e seu filho Cosimo "O Velho ". Ao lado da Basílica se pode visitar o seu claustro, o museu e a Biblioteca, fundada por Cosimo I, grande amante dos livros, que contém mais de 3 mil documentos medievais de imenso valor histórico, além de belíssima obra da arquitetura do genial Michelangelo. Atrás da  Basílica podemos visitar a Capela dos príncipes, onde estão sepultados todos os príncipes florentinos da grande Casa dos  Médicis e encontramos  a esplêndida Sacrestia Nova  e outra magistral obra de Michelangelo na sepultura do Duque de Nemours e de Lourenço "O Magnífico ". Uma visita imperdivel para os amantes de arte e de  história que agora a la poderão visitar em sua completude comprar se lê  neste artigo do Firenze T

FIRENZE PRIMA DEI MEDICI - Parte I - NELL'INIZIO ERA IL MEDIOEVO

Per un lungo periodo di una migliaia di anni la civiltà ha vissuto quello che la storia classicamente si riferisce come il Medioevo, cioè, in teoria, un interstizi di buio e oscurità fra due momenti di gloria: l'antico e l'età moderna. La concezione più tradizionale della storigrafia ci dice che la caduta dell'Impero Romano nel 476, quando fu deposto l'ultimo imperatore, entro la presa di Costantinopoli da parte dei turchi ottomani nel 1453, l'umanità sperimentò un tempo segnato da "ignoranza e la superstizione", in cui comandamenti religiosi sovrapposte, nel posto delle prospettive personali e il razionalismo; su di questo lungo torpore, la società si sarebbe svegliata solo con la fioritura del Rinascimento, durante la Bassa Medievalità. Ma è questa la più giusta concezione del Medioevo? Solo un periodo intermedio? Ma, come gli uomini e le donne vivevano in questi presunti mille anni di buio? Quali sono state le basi per della loro relazioni in socie

FLORENÇA ANTES DOS MÉDICIS - No Princípio era a Idade Média - Parte I

Durante um longo período de mil anos a civilização viveu o que classicamente a História denomina como Idade Média, ou seja, teoricamente, um interstício de trevas e obscuridade entre dois momentos gloriosos: a Antiguidade e a Idade Moderna. A concepção mais tradicional da historiografia nos diz que da queda do Império Romano em 476, quando foi deposto o seu último imperador,  até a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, a humanidade viveu um tempo marcado pela “ignorância e superstição”, no qual se sobrepunham os mandamentos religiosos, em detrimento às perspectivas pessoais e o racionalismo; deste longo torpor,  a sociedade só seria desperta com o florescer do movimento Renascentista, durante a Baixa Medievalidade. Mas seria esta a justa concepção de Idade Média? Apenas um periodo intermediário? Mas, como homens e mulheres viveram nesses supostos mil anos de trevas? Quais eram as bases de suas relações em sociedade? Como eram as tecnologias de poder que regiam su

FLORENÇA ANTES DOS MÉDICIS - BREVE PANORAMA GERAL

"No rescaldo do ano mil, como é sabido, ocorre em toda a Europa um renascimento gradual das cidades, que se tornaram marginais durante a Alta Idade Média. Na Itália, é claro, esta retomada da vida urbana é muito mais animada e mais profunda do que em outros lugares, tanto que até hoje a península é chamada de 'a terra de uma centena de cidades'. A partir do século XI são os centros urbanos que adquirem cada vez mais importância, dentre eles: Veneza, Gênova, Pisa, Amalfi - as  chamadas  repúblicas marítimas - e, em seguida, Milão, Bolonha, Ferrara, Lucca e, claro, Florença. Estas e muitas outras cidades - a maioria localizada no norte e centro da Itália, muitas vezes bispados em nos quais não vivem apenas comerciantes, artesãos e membros de profissões liberais, como médicos, advogados, notários, mas também várias famílias nobres - começam, frente a crise da autoridade  imperial , apropriar-se dos poderes que teoricamente pertenciam apenas ao imperador. . As família

Os Médicis - Os Senhores do Renascimento

Os Médicis são a mais famosa e pretigiosa família italiana, se não houvesse outras razões seria tão somente porque o seu nome está indissoluvelmente ligado à história de Florença, símbolo do período mais esplêndido vivido pela península. Ainda hoje, para a maioria dos europeus, e não só para eles, pensar em Itália, significa pensar em Florença e na Toscana, onde se pode reunir tesouros de arte de valor inestimável que nunca deixam de exercer um enorme fascínio aos milhões de visitantes. Os Médicis governaram Florença por trezentos anos, mesmo que, ocasionalmente, as vicissitudes da luta política os force a abandonar o poder. De Cosimo O Velho (1389 - 1464) ao último governante da dinastia, Gian Gastone (1671 - 1737), a família convive e divide com a cidade sua Idade de esplendor e decadência, quando Florença termina - como toda a Itália - às margens de uma nova Europa de estados-nação e de uma economia de mercado emergente. Para compreender a origem das fortunas e dissabores des